quinta-feira, 29 de julho de 2010

Exu executor da lei divina

Os Exus são espíritos altamente iluminados, benevolentes e corretos. São ILUMINADOS pois além de atuarem em planos superiores, também atuam em faixas vibratórias tão negativas e densas que somente sendo muito “especial”, muito preparado e muito sábio para percorrer todo e qualquer tipo de antro e sair sem sofrer alguma deficiência, tanto energética quanto espiritual. Exu só entra, percorre e sai da escuridão com total maestria por Ter e Ser Luz. São BENEVOLENTES, ou seja, complacentes e condescendentes com todos indistintamente, pois são Eles que atuam divinamente na vida do ser que está em desequilíbrio. São Eles que, mesmo conhecendo os erros, as falhas, os desejos obsessivos e o fanatismo inconsequente dos seres encarnados e desencarnados, atuam em todos os sentidos da vida ensinando enfaticamente a ação da Lei da Afinidade, Lei da Ação e Reação e da Lei da Atração. Leis essas que formam a Suprema Lei Divina e, portanto, devem ser entendidas por todos aqueles que querem evoluir em espírito. Além disso, ajudam ativamente na eliminação dos desequilíbrios e vícios do seres, afinal, são Eles, os Exus, que agem na vida do ser ativando o que é de merecimento e o que é necessário para sua melhora, ainda que essa ação seja incompreensível e dolorida, mesmo porque muitos de nós ainda precisam sentir dor para melhorar, precisam de desafios para superar, precisam vivenciar a escuridão para enxergar a Luz, precisam perder para dar valor ao que têm e sentir desespero para aprender a ter Fé. São CORRETOS, e ao extremo, pois estão sob ordem de Ogum, Orixá da Lei, que está sob as determinações de Xangô, Orixá da Justiça. São os EXECUTORES da LEI DIVINA. Portanto, Exu é ativador de nossos merecimentos. É o que propicia nossas vitórias e nossas derrotas, pois nem sempre sabemos lidar com a vaidade, o ego, o egoísmo e a soberbia que aflora de forma acentuada quando se conquista algo ou alguém. Exu é quem abre nossos caminhos, mas também fecha, tranca e acorrenta nossa vida quando nos encontramos desequilibrados e viciados numa maldade e numa possessão sem fim. Isso é a Lei! Exu é a força que atua sobre o negativo de qualquer pessoa tentando equilibrar essa ação. É aquele que faz o erro virar acerto e o acerto virar o erro. Exu escreve reto em linhas tortas, escreve torto em linhas retas e escreve torto em linhas tortas. Com tudo isso esclarecido fica fácil entender que Exu não precisa de vela branca para receber luz, Ele já é a própria LUZ. Exu não é Dual, pois só age de acordo com a nossa dualidade e conforme a nossa necessidade ou merecimento, sempre respeitando a Lei de Ação e Reação. Exu não faz o que queremos, faz o que a Lei Divina ordena e determina, sempre sob ordem de Ogum. Exu não faz, não participa e não orienta nenhum tipo de magia negativa, Exu é Mago Realizador por excelência, e conhece absolutamente tudo sobre magia. No entanto, conhece também a Lei Divina e a cumpre com perfeição a cada momento. Portanto, se algum Exu estiver orientando ou fazendo algum tipo de magia negativa, saiba com toda a convicção que esse espírito NÃO É EXU. Mesmo porque Não existe ‘trabalho feito’ por Exu, o que existe e quem faz esses trabalhos negativos são quiumbas e eguns se passando por exus, dando nomes de exus e aproveitando do desequilíbrio do médium para fazer e ensinar o mal. Cobrando e ameaçando pessoas que por afinidade também querem se locupletar, usar, dominar outras pessoas e situações. Nesse caso, essas pessoas atraem para si tormentos indissolúveis a pequeno e médio prazo, isso é fato. Magia negativa é ação do homem que deseja mais do que pode, deve e merece. É o homem se achando deus, atraindo para si espíritos afins com seus vícios e desejos. Exu dá e faz somente aquilo que for de merecimento e de necessidade para o Ser segundo a Lei Divina. Digo sempre que ninguém nos ama mais que Exu porque são Eles quem lidam com o que há de mais negativo e asqueroso dentro de nós. São Eles quem vão até as mais baixas profundezas para nos salvar. São Eles quem ouvem nossos pensamentos mais vaidosos e egoistas e ainda assim trabalham duro para que nosos vícios sejam eliminados. São eles quem nos protegem apesar de nós, vez ou outra, esquecermos de poupá-los e protegê-los. São Eles quem nos amam e lutam pela nossa evolução mesmo conhecendo detalhadamente e lidando com nosso pior lado.

Mediunidade Consciente, semi, inconsciente

TRECHO EXTRAÍDO DO LIVRO: "O ABC DO SERVIDOR UMBANDISTA" - AUTORIA:PAI JURUÁ - NO PRELO.Incorporação Mediúnica:É a forma de mediunidade que se caracteriza pela transmissão faladadas mensagens dos Espíritos. É, em nossos dias, a faculdade maisencontrada na prática mediúnica umbandista. Pode-se dizer que é umadas mais úteis, pois, além de oferecer a oportunidade de diálogo comos Espíritos comunicantes, ainda permite a doutrinação e consolaçãodos Espíritos pouco esclarecidos sobre as verdades espirituais.O papel do médium seja ele consciente ou não, é sempre passivo, vistoque servindo de intérprete neste intercâmbio, deve compreender opensamento do Espírito comunicante e transmiti-lo sem alteração, o queé mais difícil quanto menos treinado estiver.A incorporação é também denominada psicofonia, sendo esta denominaçãopreferida por alguns porque acham que incorporação poderia dar a idéiado Espírito comunicante penetrando o corpo do médium, fato que sabemosnão ocorrer.Martins Peralva, na sua obra "Estudando a Mediunidade”, que por suavez, baseou-se na obra "Nos Domínios da Mediunidade", ditada peloEspírito André Luiz ao médium Francisco Cândido Xavier, esclarece que:"É através dela (a incorporação), que os desencarnados narram, quandodesejam (ou quando lhes é facultado), os seus aflitivos problemas,recebendo dos doutrinadores, em nome da fraternidade cristã, a palavrado esclarecimento e da consolação.""Referindo-se aos benefícios recebidos pelo Espíritos nas sessõesmediúnicas, é oportuno lembrarmos o que afirmam mentores balizados(balizar - v. tr. dir. Indicar por meio de balizas; abalizar;distinguir; determinar a grandeza de.).Léon Denis, por exemplo, acentua que, no Espaço, sem a benção daincorporação, os seus fluidos, ainda grosseiros, "não lhe permitementrar em relação com Espíritos mais adiantados".O Assistente Aulus, focalizando o assunto, esclarece que eles "trazemainda a mente em teor vibratório idêntico ao da existência na carne,respirando na mesma faixa de impressões".Emmanuel, com a palavra sempre acatada salienta a necessidade doserviço de esclarecimento aos desencarnados, uma vez que se conservam,"por algum tempo, incapazes de apreender as vibrações do planoespiritual superior".No Livro "Desafios da Mediunidade", o Espírito Camilo (mentor domédium e conferencista José Raul Teixeira), examina o termo"incorporação" – Questão n.º 28, trazendo um enfoque muito importante:"É correto falar-se em "incorporação"?"Resposta: "Não se trata bem da questão de certo ou errado. Trata-se deuma utilização tradicional, uma vez que nenhum estudioso doEspiritismo, hoje em dia, irá supor que um desencarnado possa"penetrar" o corpo de um médium, como se poderia admitir num passadonão muito distante.O fato de continuar-se a usar o termo incorporação, nos meiosumbandistas, também se deve a sua abrangência. Comumente (adj.Vulgarmente; geralmente. (De comum.)), é proposto o termo psicofonia;contudo, para muitos, a expressão estaria indicando somente fenômenosda fala, como na psicografia temos o fenômeno da escrita, tão somente.Ocorre que podemos encontrar médiuns psicógrafos cujo psiquismo osdesencarnados comandam plenamente. Aqui, então, tecnicamente, o termopsicofonia, não se aplicaria, enquanto ficaria suficientementecompreensível o termo incorporação.Evocamos, então, o pensamento kardequiano, expresso em O Livro dosEspíritos, dando elasticidade ao termo "alma", a fim de fazer o mesmono tocante ao termo incorporação. Como ele aparece com muitafreqüência ao longo dos estudos espíritas: "cumpre fixarmos bem osentido que lhe atribuímos, a fim de evitarmos qualquer engano." (OLivro dos Espíritos, Introdução - II, final.)Os médiuns de incorporação são classificados em conscientes, semi-conscientes e inconscientes.Médiuns Conscientes:Corresponde a 90% dos médiuns de incorporação.Pode-se dizer que um médium consciente é aquele que durante otranscurso do fenômeno tem consciência plena do que está ocorrendo. OEspírito comunicante entra em contato com as irradiações do corpoastral do médium, e, emitindo também suas irradiações advindas do seucorpo astral, forma a atmosfera fluídica capaz de permitir atransmissão de seu pensamento ao médium, que, ao captá-lo, transmitirácom as suas possibilidades, em termos de capacidade intelectual,vocabulário, gestos, etc.O médium age como se fosse um intérprete da idéia sugerida peloEspírito, exprimindo-a conforme sua capacidade própria deentendimento.Na fase de incorporação consciente, se o Guia Espiritual conseguirpassar para o médium 10% do que ele deseja, se dará por satisfeito; omédium contribui com 90% do seu animismo. Esta forma de mediunidadeserá tanto mais proveitosa quanto maior for à cultura do médium e suasqualidades morais, a influência de espíritos bons e sábios, afacilidade e a fidelidade na filtração das idéias transmitidas. Seudesenvolvimento exige estudo constante, bom senso e análise contínuapor parte do médium.No Cap. XIX do "Livro dos Médiuns", especificamente o item 225descreve a dissertação dada espontaneamente por um Espírito superior,sobre a questão do papel do médium, como segue:"Qualquer que seja a natureza dos médiuns escreventes, quer mecânicosou semimecânicos, quer simplesmente intuitivos, não variamessencialmente os nossos processos de comunicação com eles. De fato,nós nos comunicamos com os Espíritos encarnados dos médiuns, da mesmaforma que com os Espíritos propriamente ditos, tão só pela irradiaçãodo nosso pensamento"."Os nossos pensamentos não precisam da vestidura (s. f. Tudo o que sepode vestir; vestimenta; traje; fato. (Do lat. vestitura.) da palavra,para serem compreendidos pelos Espíritos e todos os Espíritos percebemos pensamentos que lhes desejamos transmitir, sendo suficiente quelhes dirijamos esses pensamentos e isto em razão de suas faculdadesintelectuais.""Quer dizer que tal pensamento tais ou quais Espíritos o podemcompreender, em virtude do adiantamento deles, ao passo que, para taisoutros, por não despertarem nenhuma lembrança, nenhum conhecimento quelhes dormitem no fundo do coração, ou do cérebro, esses mesmospensamentos não lhes são perceptíveis. Neste caso, o Espíritoencarnado, que nos serve de médium, é mais apto a exprimir o nossopensamento a outros encarnados, se bem não o compreenda, do que umEspírito desencarnado, mas pouco adiantado, se fôssemos forçado aservir-nos dele, porquanto o ser terreno põe seu corpo, comoinstrumento, à nossa disposição, o que o Espírito errante não podefazer.""Assim, quando encontramos em um médium o cérebro povoado deconhecimentos adquiridos na sua vida atual e o seu Espírito rico deconhecimentos latentes, obtidos em vidas anteriores, de natureza a nosfacilitarem as comunicações, dele de preferência nos servimos, porquecom ele o fenômeno da comunicação se nos toma muito mais fácil do quecom um médium de inteligência limitada e de escassos conhecimentosanteriormente adquiridos. Vamos fazer-nos compreensíveis por meio dealgumas explicações claras e precisas.""Com um médium, cuja inteligência atual, ou anterior, se achedesenvolvida, o nosso pensamento se comunica instantaneamente deEspírito a Espírito, por uma faculdade peculiar à essência mesma doEspírito. Nesse caso, encontramos no cérebro do médium os elementospróprios a dar ao nosso pensamento a vestidura da palavra que lhecorresponda e isto quer o médium seja intuitivo, quer semimecânico, ouinteiramente mecânico”.Essa a razão por que, seja qual for à diversidade dos Espíritos que secomunicam com um médium, os ditados que este obtém, embora procedendode Espíritos diferentes, trazem, quanto à forma e ao colorido, o cunhoque lhe é pessoal.Com efeito, se bem o pensamento lhe seja de todo estranho, se bem oassunto esteja fora do âmbito em que ele habitualmente se move, se bemo que nós queremos dizer não provenha dele, nem por isso deixa omédium de exercer influência, no tocante à forma, pelas qualidades epropriedades inerentes à sua individualidade. É exatamente como quandoobservais panoramas diversos, com lentes matizadas (matizar - v. tr.dir. Variar, graduar (cores); dar cores vivas a; ornar; enfeitar; pr.ostentar cores variadas.), verdes, brancas, ou azuis; embora ospanoramas, ou objetos observados, sejam inteiramente opostos eindependentes, em absoluto, uns dos outros, não deixam por isso deafetar uma tonalidade que provém das cores das lentes.""Ou, melhor: comparemos os médiuns a esses bocais cheios de líquidoscoloridos e transparentes, que se vêem nos mostruários doslaboratórios farmacêuticos. Pois bem, nós somos como luzes queclareiam certos panoramas morais, filosóficos e internos, através dosmédiuns, azuis, verdes, ou vermelhos, de tal sorte que os nossos raiosluminosos, obrigados a passar através de vidros mais ou menos bemfacetados (facetar - v. tr. dir. Fazer facetas em; lapidar; (fig.)aprimorar.), mais ou menos transparentes, isto é, de médiuns mais oumenos inteligentes, só chegam aos objetos que desejamos iluminar,tomando a coloração, ou, melhor, a forma de dizer própria e particulardesses médiuns. Enfim, para terminar com uma última comparação: nós osEspíritos somos quais compositores de música, que hão composto, ouquerem improvisar uma ária e que só têm à mão ou um piano, um violino,uma flauta, um fagote ou uma gaita de dez centavos. É incontestávelque, com o piano, o violino, ou a flauta, executaremos a nossacomposição de modo muito compreensível para os ouvintes. Se bem sejammuito diferentes uns dos outros os sons produzidos pelo piano, pelofagote ou pela clarineta, nem por isso ela deixará de ser idêntica emqualquer desses instrumentos, abstração feita dos matizes do som. Mas,se só tivermos à nossa disposição uma gaita de dez centavos, ai estápara nós a dificuldade.""Efetivamente, quando somos obrigados a servir-nos de médiuns poucoadiantados, muito mais longo e penoso se torna o nosso trabalho,porque nos vemos forçados a lançar mão de formas incompletas, o que épara nós uma complicação, pois somos constrangidos a decompor osnossos pensamentos e a ditar palavra por palavra, letra por letra,constituindo-se isso numa fadiga e num aborrecimento, assim como umentrave real à presteza e ao desenvolvimento das nossasmanifestações.""...” Quando queremos transmitir ditados espontâneos, atuamos sobre océrebro, sobre os arquivos do médium e preparamos os nossos materiaiscom os elementos que ele nos fornece e isto à sua revelia (loc. adv.):sem comparecimento ou conhecimento da parte revel. (De revel.). E comose lhe tomássemos à bolsa as somas que ele aí possa ter e puséssemosas moedas que as formam na ordem que mais conveniente nos parecesse."“... Sem dúvida, podemos falar de matemáticas, servindo-nos de ummédium a quem estas sejam absolutamente estranhas; porém, quasesempre, o Espírito desse médium possui, em estado latente,conhecimento do assunto, isto é, conhecimento peculiar ao ser fluídicoe não ao ser encarnado, por ser o seu corpo atual um instrumentorebelde, ou contrário, a esse conhecimento. O mesmo se dá com aastronomia, com a poesia, com a medicina, com as diversas línguas,assim como com todos os outros conhecimentos peculiares à espéciehumana.""Finalmente, ainda temos como meio penoso de elaboração, para serusado com médiuns completamente estranhos ao assunto de que se trate oda reunião das letras e das palavras, uma a uma, como em tipografia.""Conforme acima dissemos, os Espíritos não precisam vestir seuspensamentos; eles os percebem e transmitem, reciprocamente, pelo sófato de os pensamentos existirem neles. Os seres corpóreos, aocontrário, só podem perceber os pensamentos, quando revestidos.Enquanto que a letra, a palavra, o substantivo, o verbo, a frase, emsuma, vos são necessários para perceberdes, mesmo mentalmente, asidéias, nenhuma forma visível ou tangível é necessária a nós." Erastoe Timóteo.Complementa Kardec:"NOTA. Esta análise do papel dos médiuns e dos processos pelos quaisos Espíritos se comunicam é tão clara quanto lógica. Dela decorre,como princípio, que o Espírito haure, não as suas idéias, porém, osmateriais de que necessita para exprimi-las, no cérebro do médium eque, quanto mais rico em materiais for esse cérebro, tanto mais fácilserá a comunicação.Quando o Espírito se exprime num idioma familiar ao médium, encontraneste, inteiramente formadas, as palavras necessárias ao revestimentoda idéia; se o faz numa língua estranha ao médium, não encontra nesteas palavras, mas apenas as letras. Por isso é que o Espírito se vêobrigado a ditar, por assim dizer, letra a letra, tal qual como quemquisesse fazer que escrevesse alemão uma pessoa que desse idioma nãoconhecesse uma só palavra. Se o médium é analfabeto, nem mesmo asletras fornece ao Espírito. Preciso se torna a este conduzir-lhe amão, como se faz a uma criança que começa a aprender. Ainda maiordificuldade a vencer encontra aí, o Espírito. Estes fenômenos, pois,são possíveis e há deles numerosos exemplos; compreende-se, noentanto, que semelhante maneira de proceder pouco apropriada se mostrapara comunicações extensas e rápidas e que os Espíritos hão depreferir os instrumentos de manejo mais fácil, ou, como eles dizem, osmédiuns bem aparelhados do ponto de vista deles.Se os que reclamam esses fenômenos, como meio de se convencerem,estudassem previamente a teoria, haviam de saber em que condiçõesexcepcionais eles se produzem.Médiuns Semi Conscientes:Corresponde a 8% dos médiuns de incorporação.É a forma de mediunidade psicofônica em que o médium sofre uma semi-exteriorização do corpo astral, permitindo que esse fenômeno ocorra.O médium sofre uma semi-exteriorizacão do corpo astral em presença doEspírito comunicante, com o qual possui a devida afinidade; ou quandohouve o ajustamento vibratório para que a comunicação se realizasse.Há irradiação e assimilação de fluidos emitidos pelo Espírito e pelomédium; formando a chamada atmosfera fluídica; e então ocorre atransmissão da mensagem do Espírito para o médium.O médium vai tendo consciência do que o Espírito transmite à medidaque os pensamentos daquele vão passando pelo seu cérebro, todavia omédium deverá identificar o padrão vibratório e a intencionalidade oEspírito comunicante, tolhendo-lhe qualquer possibilidade deprocedimentos que firam as normas da boa disciplina mediúnica.Ainda na forma semi-consciente, embora em menor grau que naconsciente, poderá haver interferência do médium na comunicação, comorepetição de frases e gestos que lhe são próprios, motivo porquenecessita aprimorar sempre a faculdade, observando bem as suas reaçõesno fenômeno, para prevenir que tais fatos sejam tomados como"mistificação". Essa é a forma mais disseminada (disseminar - v. tr.dir. Semear, espalhar por muitas partes; derramar; difundir, propagar.(Do lat. disseminare.) de mediunidade de incorporação.Geralmente, o médium, precedendo (preceder - v. tr. dir. anteceder;estar colocado imediatamente antes de; chegar antes de. (Do lat.praecedere.) a comunicação, sente uma frase a lhe repetirinsistentemente no cérebro; e, somente após emitir essa primeira fraseé que as outras surgirão. Terminada a transmissão da mensagem, muitasvezes o médium só lembra, vagamente, do que foi tratado.Médiuns Inconscientes:Corresponde a 2% dos médiuns de incorporação.Esta forma de mediunidade de incorporação caracteriza-se pelainconsciência do médium quanto à mensagem que por seu intermédio étransmitida. Isto se verifica por se dar uma exteriorização total docorpo astral do médium.O fenômeno se dá como nas formas anteriores, somente que numa gradaçãomais intensa. Exteriorização do corpo astral, afinização com aentidade que se comunicará, emissão e assimilação de fluidos, formaçãoda atmosfera necessária para que a mensagem se canalize por intermédiodos órgãos do médium, são indispensáveis.Embora inconsciente da mensagem, o médium é consciente do fenômeno queestá se verificando, permanecendo, muitas vezes, junto da entidadecomunicante, auxiliando-a na difícil empreitada, ou, quando tem plenaconfiança no Espírito que se comunica, poderá afastar-se em outrasatividades.O médium, mesmo na incorporação inconsciente, é o responsável pela boaordem do desempenho mediúnico, porque somente com a sua aquiescência(s. f. Ato de aquiescer; anuência; assentimento, consentimento), oucom sua conivência (s. f. Qualidade de conivente; cumplicidadedissimulada; colaboração. (Do lat. conniventia.), poderá o Espíritorealizar algo.Os Espíritos esclarecem que quando um Espírito se acha desprendido doseu corpo, quer pelo sono físico, quer pelo transe espontâneo ouprovocado, e algo estiver iminente a lhe causar dano ao corpo, eleimediatamente despertará. Assim também acontecerá com o médium cujafaculdade se acha bem adestrada (adestrar - v. tr. dir. Tornar destro;ensinar; exercitar; treinar; pr. tornar-se destro.), mesmo estando emcondições de passividade total; se o Espírito comunicante quiser lhecausar algum dano ou realizar algo que venha contra seus princípios,ele imediatamente tomará o controle do seu organismo, despertando.Geralmente, o médium, ao recobrar sua consciência, nada ou bem poucorecordará do ocorrido ou da mensagem transmitida. Fica uma sensaçãovaga, comparável ao despertar de um sonho pouco nítido em que fica umavaga impressão, mas que a pessoa não saberá afirmar com certeza do quese tratou.Nos casos em que é deficiente ou viciosa a educação mediúnica, não háa facilidade do intercâmbio, faltando liberdade e segurança; o médiumreage à exteriorização perispirítica, dificultando o desligamento equase sempre intervém na comunicação, truncando-a (truncar - v. tr.dir. Separar do tronco; mutilar; omitir parte importante de. (Do lat.truncare.).Algumas vezes se tornam necessários, para o prosseguimento da educaçãomediúnica, nos chamados exercícios de incorporação, que os Mentoresencarregados de tal desenvolvimento auxiliem o médium para que aexteriorização se dê. Para evitar o perigo da obsessão, eles cuidarãode exercitar o médium com os Espíritos comunicantes que não lheofereça perigo. Todavia, ainda nesse caso, a responsabilidade pelodesenvolvimento mediúnico está entregue ao médium, pois, se algo lheacontecer, ele poderá despertar automaticamente. O mesmo não aconteceno fenômeno obsessivo.A mediunidade de psicofonia inconsciente é uma das mais raras nogênero. Para que o médium se entregue plenamente confiante ao fenômenodessa ordem, é necessário que ele tenha confiança na sua faculdade,nos Espíritos que o assistem e, principalmente, no ambiente espiritualda reunião que freqüenta.O Espírito Camilo no já citado livro "Desafios da Mediunidade",analisa alguns aspectos importantes relacionados com o tema:Questão 15: "É possível para o médium inconsciente, após o transe,lembrar-se das sensações que teve durante a comunicação mediúnica?"Resposta: "Tendo-se em conta que o médium, em estado de transeinconsciente, não se acha desligado do seu corpo físico, mas somentedesprendido, podem remanescer em seus registros cerebrais certasimpressões, ou sensações, obtidas durante o transe, podendo mencioná-las quando retorne a sua normalidade.Durante o transe inconsciente, é comum acontecer que o médium fiquenum estado de sono profundo, mas que lhe permite captar sons,presenças variadas, luminosidade, ainda que não distinga esses sons,não identifique essas presenças ou não perceba donde vem a claridade.Essas sensações difusas podem fixar na memória atual e ser lembradasapós o transe. Contudo, isso varia de um para outro medianeiro, nãohavendo uniformidade nessa questão."Questão 14: "O fato de a mediunidade manifestar-se consciente ouinconscientemente guarda relação com o adiantamento moral do médium?”.Resposta: "De modo nenhum. A manifestação mediúnica, de aspectoconsciente ou inconsciente, nada tem a ver com o grau evolutivo domédium, mas está relacionada com aspectos fisiológicos ou psico-fisiológicos desse mesmo sensitivo.Vale considerar que a consciência ou não durante o transe pode sofrerintermitências, isto é, períodos de consciência alternando comperíodos de inconsciência, mormente (adv. Principalmente.) quandoesses estados são determinados por situações psicológicas ou psico-fisiológicas.Pode ocorrer que, de acordo com os tipos de Espíritos comunicantes oucom o interesse dos Guias dos médiuns, apenas certas manifestaçõessejam conscientes e outras não.Depreendemos (depreender - v. tr. dir. e tr. dir. e ind. Perceber, virao conhecimento de; inferir, deduzir. (Do lat. deprehendere.) daí quepode haver flutuações na questão da consciência ou não do médiumdurante as manifestações. Só não ocorrerão alternâncias no caso em queessas características sejam determinadas pela estrutura fisiológica dosensitivo que, então, não pode ser alterada. Assim, ele serádefinitivamente consciente ou definitivamente inconsciente.Por fim, é forçoso admitir que a chamada inconsciência mediúnica nãotraz nenhuma superioridade para o fenômeno, não sendo garantia dequalidade. O que dá ao fenômeno superioridade e garantia, num ounoutro estado consciencial, é a qualidade moral do médium, seusprogressos como um todo, que fazem-no respeitado ante o Invisível, emvirtude da responsabilidade, da seriedade com que encara seuscompromissos."Questão 16: "Qual a diferença entre médiuns sonambúlicos eInconscientes?"Resposta: "Muito embora no seio do Movimento Espírita haja o costumede chamar-se de sonambulismo àquele que sofre um transe inconsciente,pelo fato de o médium "dormir" durante o processamento do fenômeno, énecessário lembrar que o Codificador estabelece que médium sonambúlicoou sonâmbulo é o indivíduo que, em seu estado de sonambulismo comum,contata os desencarnados e transmite as mensagens que receba, podendovê-los e com eles confabular.O estado de emancipação do sonâmbulo é o que facilita a comunicação (OLivro dos Médiuns, cap. XIV, item 172).No caso do médium inconsciente (Livro dos Médiuns, capítulo XVI, item188), também chamado por Kardec de médium natural, encontramos aquelesem que o fenômeno mediúnico apresenta um caráter de espontaneidade,sem que a sua vontade consciente interfira, ou seja, nem sempre omédium está desejando ou esperando que o fenômeno aconteça.Aqui podemos ver a importância da boa formação intelecto-moral domédium, pois esta é capaz de criar uma aura de proteção para ele, afim de que não se torne joguete de desencarnados irresponsáveis, oumesmo cruéis, que desejarão aproveitar-se da sua espontaneidade.Vemos assim que, enquanto o médium inconsciente é controlado pelosdesencarnados que atuam por meio dele nos variados fenômenos, quer osda psicografia, da psicofonia, da ectoplasmia e outros, o médiumsonambúlico encontra-se com os desencarnados; ao desprender-se docorpo, com eles dialoga e nesse estado de emancipação relata o que vêe o que ouve. Entretanto, também o sonambúlico, ao despertar, podeguardar profunda ou parcial inconsciência do que com ele hajatranscorrido no Invisível."

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Cemitério

O cemitério traz um grande paradigma para as pessoas, por ser um local onde os corpos sem vida são depositados. Talvez o medo, malestar de estar ou ir ao cemitério refere-se ao conjunto de pensamentos e sentimentos negativos que as pessoas vibram ao dirigir-se e estar no local. Isso acaba gerando um holopensene* de tristeza, devido ao parente/amigo que morreu na visão da maioria. OBS: Holopensene: Atmosfera psíquica do ambiente, resultado da somatória dos pensamentos e energia das pessoas que o frequentam. É a "auracoletiva" do lugar em questão. Esse tipo de designação é muito utilizada na conscienciologia e na projeciologia. Toma-se uma sensação de melancolia pela falta de crença ou esclarecimento, acreditando que houve realmente a morte eterna e que nunca mais se encontrarão. Por tal motivo o cemitério em uma visão profana é sinônimo de um recinto "pesado" energeticamente, triste e habitado por almas penadas, espíritos sofredores e perdidos. Esse contexto está presente em muitas mentes umbandistas com certo grau de esclarecimento sobre espíritos ou o próprio ponto de força. Quantas vezes não ouvimos dizer que ir ao cemitério pode ser perigoso para o médium, pois é um atrator natural de cargas e lá há muitos espíritos sofredores que se ligarão. Claro que se ligarão à aqueles que se colocarem no campo santo de uma forma profana ou com sentimentos e pensamentos negativos, afinal os afins sempre se atraem. Mas para aquele umbandista, esclarecido, que no seu terreiro cultua o Pai Obaluaê e o Pai Omolu deveria encarar a ida ao campo santo como um ato religioso divino, pois ao entrar está pisando em solo sagrado, em mais um divino ponto de força do nosso amado divino Criador, assim como o mar, a cachoeira, as matas, pedreiras, etc. O cemitério é o ponto de força natural do querido Papai Obaluaê e Papai Omolu. Pai Obaluaê, senhor das passagens, transmutador de tudo na vida. Da morte do corpo físico para o corpo espiritual, assim vice-versa. Sr. das passagens, da doença para a cura, do ódio para o amor, da busca de dias melhores, etc. Na Umbanda chamado como Sr. das almas, traz a todos uma enorme calmaria, um bem estar e bastante estabilidade. E postando-se de uma forma e atitude sagrada, quando aquietamo-nos no cemitério sentimos essa mesma sensação, silenciosa e calma. É nítida a semelhança do local (ponto de força) com o Orixá, pois os dois são unos e se completam. Há também a força do Orixá Omolu, Sr. da morte, paralisador de tudo que chegou ao ponto determinado perante a Lei Maior. Sua qualidade paralisante é um meio de "parar" tudo e todos que estiverem criando e gerando em caminho inverso, oposto e desvirtuado ao Divino Todo. Omolu corta nossa ligação material para espiritual (desencarne), pune aqueles que atentaram e desvirtuaram-se na vida, Orixá guardião divino dos espíritos caídos. Um paizão que também nos ajuda a dar o fim aos nossos vícios, a morte à ignorância, morte ao ego e a vaidade. Por todos esses motivos não devemos temer esse local sagrado e os Orixás regentes desse magnífico ponto de força. Uma oferenda, oração realizada desencadeia um processo extremamente positivo para todos que se colocarem em respeito e principalmente de coração aberto e puro para receber a bênção. Ao entrar no campo santo, cruzem o solo em reverência às forças do alto, embaixo, esquerda, direita, e que o lado sagrado abra-se para você naquele momento. Peça licença aos Srs. Orixás Obaluaê, Omolu,Iansã das almas e Ogum Megê. Também aos senhores exus e pombagiras da porteira. Façam aquilo que tiver que fazer, com amor, dedicação e respeito. E sintam-se agradecidos por serem umbandistas, por ter essa oportunidade maravilhosa que é de louvar nossos pais e mães orixás em seus pontos sagrados. E tristeza, pra que no cemitério? Afinal nunca morremos, apenas passamos de um estágio para o outro.

linhas da Umbanda

1ª. LINHA: OGUM

Como já vimos, Ogum domina a primeira Linha de Umbanda, que controla todos os fatos de execução e cobrança do carma de cada indivíduo ou grupo, daí serem soldados.

1. Falange de Ogum Beira-Mar

Colaboradores de Iemanjá, Ogum Beira-Mar trabalha sobre a areia molhada, enquanto Ogum Sete-Ondas trabalha sobre as ondas.

Aceitam oferendas com velas nas cores branca, verde, vermelha e azul-clara.

2. Falange de Ogum Rompe-Mato

Ogum Rompe-Mato trabalha para Oxóssi (Ode) e Ossãe, nas matas.

Ogum das Pedreiras trabalha para Xangô, nas pedreiras. Em ambos os casos, é a mesma falange que trabalha para os dois Orixás, com nomes diferentes. Rompe-Mato aceita suas oferendas na entrada da mata, nas cores verde, vermelha e branca, sendo a vela vermelha. Ogum das Pedreiras aceita suas oferendas em torno das pedreiras, nas cores verde e vermelha (misturadas geram o marrom), com velas nas mesmas cores.

3. Falange de Ogum Megê

É colaborador de Iansã; seu nome significa “Sete”. É o guardião dos cemitérios, rondando suas calçadas, lidando diretamente com a Linha das Almas. Toda sua oferenda será em vermelho e branco, próxima ao cruzeiro do cemitério (calunga pequena).

4. Falange de Ogum Naruê

Seu nome significa “Aquele que é o primeiro a gerar valor”.

Trabalhando diretamente na Linha das Almas, desmanchando a magia negra, controla as almas quibandeiras. Aceita suas oferendas com Ogum Megê ou, ainda, dentro ou fora dos cemitérios, nas cores branca e vermelha. Alguns incluem uma pedra-ímã nos itens a oferecer-lhe.

5. Falange de Ogum Matinata

Com poucos médiuns que o incorporam, sua falange protege os campos de Oxalá, os locais abertos, floridos e iluminados. Mas não trabalha directamente para esse Orixá. Aceita suas oferendas nos campos floridos, nas cores vermelha e branca.

6. Falange de Ogum Iara

Seu nome significa “Senhor”, trabalhando para Oxum. Suas oferendas deverão ser entregues na beira de rios, lagos ou cachoeiras, onde vibram, nas cores vermelha e branca ou verde e branca.

7. Falange de Ogum Delê (ou de Lei)

“Aquele que Toca o Solo”; como seu nome significa, é uma falange que vibra na linha pura de Ogum. São eles que trabalham diretamente no carma e sua cobrança, rondando o mundo. Suas cores são vermelha e branca e suas oferendas podem ser em qualquer lugar, ao ar livre.

Oferendas: todas as falanges citadas recebem velas nas cores indicadas, cravos vermelhos (alguns aceitam cravo branco também), cerveja branca, ou, menos comum, vinhos, charutos e fósforos, sobre um pano branco.

Ervas: as mais comuns são espada-de-são-jorge, losna, jurubeba, comigo-ninguém-pode, romã.

2ª. LINHA: XANGÔ

1. Falange de Xangô Caô

Dominam a sabedoria adquirida com o tempo, atuando nas pedreiras abertas. Sua cor é o marrom-escuro. É conhecido também como Xangô Velho.

2. Falange de Xangô Alafim (ou Alafim-Echê)

Seu nome vem do título dado ao rei de Oyó, na África. Defendem a pureza moral, atuando nas pedras solitárias dos caminhos. Suas cores são marrom e branca.

3. Falange de Xangô Alufã

O Xangô “Sacerdote”, determina as diretrizes dos desencarnados, atuando nas pedras dos rios, mares, cachoeiras e todas as águas, daí ser o protetor dos pescadores. Suas velas são o marrom e o branco.

4. Falange de Xangô Agodô

Seu nome significa “Grandeza”, atuando nas pedras mergulhadas nas águas de toda a espécie, inclusive nas “pedras iniciáticas e na pedra batismal”.

5. Falange de Xangô Abomi (ou Abomim)

“Aquele que derrama água de uma vasilha” ou “Aquele que Batiza”, muitas vezes é sincretizado com São João Batista, talvez devido ao seu nome. Trabalha nas montanhas, nas cordilheiras, protegendo nos momentos de angústia, nas horas de aflições e perdas, inclusive no casamento. Sua cor é o marrom e, nos casos de amor, oferece-se junto uma vela para Iemanjá.

6. Falange de Xangô Aganjú

É um Xangô jovem, vibrando nas linhas de Xangô e Oxum, trabalhando nas pedras da cachoeira. Traz harmonia entre as forças de amor e justiça. Suas cores são o branco e o marrom.

7. Falange de Xangô Djacutá

Seu nome significa “pedra”, dominando a força de Xangô no meteorito e nos raios, sendo muito invocado nas injustiças que conduzem a aflições, defendendo as vítimas desses abusos.

Suas cores são o branco e o marrom.

Oferendas: Além das já citadas anteriormente, dedicadas ao Orixá, basicamente consistem de velas, nas cores indicadas, charutos, fósforos, cerveja preta, rosas ou lírios brancos.

Ervas: folhas de eucalipto, manga, goiaba, camaná, alecrim e limão.

3ª. LINHA: OXÓSSI

Toda a parte doutrinária e evangélica, com fins de trazer fé às almas desgarradas no mal, interferindo nos males psíquicos e físicos, pertencem a essa falange. Daí, por trazer as almas ao caminho do bem, Oxóssi é chamado de caçador de almas. Rege também a disciplina e obediência.

1. Falange dos Caboclos Peles-Vermelhas

Excelentes doutrinadores, com grande sabedoria, pertencem a antigas civilizações indígenas (maias, astecas, incas, etc).

Falam estranhos “dialetos” quando “descem”. Nessa falange, entre os itens básicos que citaremos adiante, entram incenso queimado, folhas de alecrim e alfazema frescas.

2. Falange do Caboclo Araribóia

Como Oxóssi é caçador, é ele que coordena, na vida material, o trabalho, com o objetivo de trazer recursos à mesa. Por isso, essa falange se dedica a proteger aos injustiçados no seu direito de sustento e sobrevivência de suas famílias, vibrando nas matas das montanhas. Gostam de flores variadas.

3. Falange da Cabocla Jurema

Formada por entidades meigas, amorosas, traz os recursos da Natureza e os transformam em energias vitais próprias a serem utilizadas em purificação de locais, pessoas e na medicina espiritual, aos serviços de Oxóssi e Ossãe. Gostam de muito mel nas oferendas, fitas coloridas, menos o preto.

4. Falange dos Caboclos Guaranis

São guerreiros. Defendem as matas, junto a Ogum Rompe-Mato. Onde os guaranis estão, impõe a paz, daí serem chamados de “Falange da Paz”. Nunca recebem mel em suas oferendas.

5. Falange dos Caboclos Tamoios

Humildes e pacientes, são eles os conhecidos “domadores de feiticeiros” ou “bumba na calunga”, vencendo a feitiçaria.

Trazem as almas ao bem, daí serem os “caçadores de almas”, na atribuição legítima das falanges de Oxóssi. A ela pertencem Muiraquitã e Grajaúna. Apreciam folhas de arruda em suas oferendas, guiné, rosas de qualquer cor e muito mel.

6. Falange dos Caboclos Tupis

São os conhecidos Tatauys, conhecidos por serem muito ágeis, bons caçadores, muito brincalhões. Apreciam sucos de frutas, mel e rosas de qualquer cor.

7. Falange do Caboclo Urubatã

São os mais velhos, sábios e conhecedores da mata. Há poucos médiuns que os incorporam. Trabalham nas colinas floridas, pois se ligam à vibração de Oxalá. Nas suas oferendas vão muito mel e flores brancas. Sua vela inclui a cor branca, sendo a única falange que recebe outra cor, além do verde.

4ª LINHA: IEMANJÁ

Nessa falange, na Umbanda, trabalham todas as Iabás (Senhoras dos Rios), agrupadas com os nomes de janaínas, caboclas ou sereias. Sua missão é trabalhar diretamente com a força emotiva por meio dos sentimentos de maternidade, misericórdia e amor.

1. Falange da Sereia do Mar

Entidades que assumem formas encantadas, residindo em todo o elemento água. Possuem total domínio sobre as energias desse meio. Aceitam as tradicionais oferendas a Iemanjá, entregues para serem levadas ao fundo dos mares, lagos ou rios.

2. Falange da Cabocla Iara

Dominam a força nascida do encontro das águas doces e salgadas, muito ligadas ao Orixá Ogum. É também o nome das entidades chefes da falange conhecidas como Caboclas do Rio. São alegres e juvenis. Sua vela será azul clara e uma verde, vermelha e branca, para Ogum.

3. Falange da Cabocla Nana

A Cabocla Nana Burucum é chefe da falange das Ondinas. Suas entidades trabalham na beira das fontes e trazem uma vibração capaz de proporcionar paz e compreensão nos lares.

Protegem as actividades ligadas ao ensino, como o magistério. Sua vela será clara e lilás, ao Orixá Nana.

4. Falange da Cabocla Iansã

A Cabocla Iansã representa o Orixá com o mesmo nome, junto à Iemanjá. Trabalha sob os fortes temporais e chuvas, forças essas capazes de proporcionar grande resistência nas dificuldades da vida. Aceitam velas azuis-claras e vermelha e branca ao Orixá Iansã. Podendo ser entregues junto às oferendas de Xangô nos bambuzais ou na beira de cachoeiras, longe da queda d’água.

5. Falange da Cabocla Oxum

As energias do amor puro e da luz que irradia sobre as cachoeiras são a matéria-prima para suas atividades, ligadas à Iemanjá. Através de sua falange, os fluidos benfeitores são trazidos através das “águas espirituais”, ou seja, o prana ou fluido cósmico universal. Sua vela será azul-clara e amarela, dedicada ao Orixá Oxum.

6. Falange da Cabocla Indaiá

Sua falange é das Caboclas do Mar, ligadas a Yori, ou seja, a Falange de Cosme e Damião. Absorvem energias de vários elementos e transmutam na energia alegre e vibrante das crianças. Suas velas serão azuis-claras e rosas.

7. Falange da Cabocla ou Sereia Janaína

Estão sob sua guarda a força do amor conjugal e da procriação.

Ligam-se muito ao Orixá Oxalá. Suas velas serão azuis claras e brancas.

Oferendas: basicamente, todas as falanges de Iemanjá aceitam sobre pano branco e azul-claro, fitas azuis, espelhos, pentes, perfumes de seiva de alfazema ou seiva de rosas, flores brancas ou azuis, rosas, lírios, mel, guaranás ou bebidas doces e delicadas. A Falange da Cabocla Iansã recebe cerveja preta como bebida. Observa-se que as cores das velas e algumas observações

variam da bibliografia, com fins de uniformizar com as cores utilizadas na Umbanda, e não no Candomblé.

Ervas: lágrimas-de-nossa-senhora, camomila, espada-de-iansã, folhas de bambu e qualquer planta aquática.

5ª. LINHA: YORI

Yori quer dizer “Vitalidade saindo da luz”. É formada pelas entidades que, por opção, quiseram manter a forma infantil, algumas já em preparo para uma reencarnação próxima. Onde for necessária uma vibração dirigida à alegria, à fraternidade e à comunhão, lá estará a Linha de Yori que, por essa bela qualidade, domina as energias mais sublimes do plano espiritual.

Uma criança brincando, em um trabalho, não é uma atividade infrutífera, como pensam alguns. É uma entidade que sabe perfeitamente o que está fazendo, com o objetivo de descarrego de tudo o que está em volta.

1. Falange de Tupanzinho (Idolu ou Idossu)

São entidades que vibram na Linha de Oxóssi, protegendo os lenhadores e animais. Gostam, nas oferendas, de apetrechos indígenas bem enfeitados, fitas verdes e vela rosa.

2. Falange de Doum

São entidades que nasceram no período do cativeiro como Doum, eram filhos de mãe indígena e pai africano. Auxiliam os tratamentos médicos, protegendo os profissionais da saúde e os enfermos, proporcionando mais integração entre ambos. Cruzam-se com a Linha de Yorimá (dos Pretos-Velhos) e aceitam suas oferendas em jardins e praças.

3. Falange de Alabá

Cruzam-se com Ogum, Oxumarê e Iemanjá. Da vibração dos três Orixás, recebem condição de trabalhar com os militares, dando coragem e piedade aos que usam farda. Suas oferendas são

próximas a cachoeiras, pois as cores do arco-íris atraem muito essa falange.

4. Falange de Dansu

Espalham-se nos dias de tormenta, com fins de proteger adultos e crianças nesses dias, trabalhando também para Xangô. Gostam de fitas marrons e até seixos rolados em suas bandejas, entregues nas pedras de cachoeiras.

5. Falange de Sansu

Legião de entidades que se apresentam como meninas, distribuidoras de ternura, vinda de Deus. Trabalham cruzadas com Iemanjá. Devem ser entregues a elas: conchinhas e estrelas-do-mar, na beira da praia, junto com os outros itens da oferenda.

6. Falange de Damião

Cruzam-se com Cosme e Doum, cuidando das crianças do espaço, ou seja, das entidades recém-desencarnadas ainda crianças, de grande poder de cura. Vibram, de preferência, nas praias e jardins, seu lugar para a entrega de oferendas.

7. Falange de Cosme

São eles que detêm a responsabilidade da guarda das crianças recém-desencarnadas na Linha de Oxalá. Com o qual cruzam.

Alimentam-nas com fluidos delicados, chamados de “mel”, ou, talvez, os fluidos extraídos desse alimento.

Oferendas: Apesar de diferentes, as falanges de Yori incluem, em suas oferendas, muito mel, doces em geral, balas, pirulitos, brinquedos, fitas na cor rosa e nas cores com os quais cada falange se cruza, velas na cor rosa, guaranás, flores brancas e gostam muito de bicos (chupetas) azuis ou rosas, de acordo com a falange ou entidade reverenciada (se meninas ou meninas, ou ambos).

Ervas: folhas de manjericão, amoreira, alfazema, alecrim, trevo.

6ª. LINHA: YORIMÁ

Seu nome significa a lei na aplicação da vitalidade saindo da luz. É a linha do aprendizado a duros custos, da compreensão das aflições, valorizando as lições da vida. É a prática da caridade teórica, da humildade adquirida sob as mais cruéis provações. São aqueles que ensinam que, mesmo mergulhados no erro, ainda há esperanças. São os Pretos-Velhos.

1. Falange do Povo da Costa (Rei Cambinda)

Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o resgate das dívidas do passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito amor. Suas oferendas são entregues nas praias.

2. Falange do Povo de Congo (Rei Congo)

Com Yori conseguem a energia pura e infantil dessa falange que, transformada, vence a dor e traz a alegria. Junto a sua oferenda vai uma vela rosa oferecida às crianças.

3. Falange do Povo de Angola (Pai Joaquim)

Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os para a vida, por meio de esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas e sua vela será roxa, a cor mística por excelência.

4. Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné)

Possuem o conhecimento das calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério), profundos conhecedores da magia e da sabedoria para a cura de todos os males. Recebem suas oferendas no cruzeiro do cemitério ou na beira do mar.

5. Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo)

Trabalham na lei do livre-arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a libertação do indivíduo durante sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em especial, ou nos lugares abertos nesse local, próprios ao repouso e à oração.

6. Falange do Povo de Luanda (Pai José)

Combatem demandas, fazem cumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na caridade, sendo exigentes, mas muito bondosos. Recebem suas oferendas no cruzeiro de cemitério.

7. Falange de Bengala (Pai Tomé)

Por terem sofrido muito na Terra, compreendem as misérias humanas, trabalham na busca da paz, da fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e floridas.

Oferendas: cada Preto-Velho tem sua oferenda e gostos. Mas todos recebem cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais tipo pés-de-moleque, rapaduras, sagu, farofa com lingüiça picada e comidas típicas do interior e da época em que viveram.

Ervas: arruda, guiné, benjoim, cipreste, folhas de café, alfavaca e vassourinha branca.

7ª. LINHA: OXALÁ

É a fusão de todas as outras. As legiões de Oxalá são a sétima e última falange de todas as Linhas já vistas anteriormente. É responsável pela integração das demais. Coordenadora, sendo a manifestação cósmica do céu, da terra, da luz e da energia, da paz e do amor. Suas falanges são:

1. Falange de Ogum Delê (Ogum)

2. Falange de Xangô Djacutá (Xangô)

3. Falange do Caboclo Urubatã (Oxóssi)

4. Falange da Cabocla Janaína (Iemanjá)

5. Falange de Cosme (Yori)

6. Falange do Povo de Bengala (Yorimá)

7. Falange dos Caboclos de Oxalá

Lembramos que os Caboclos de Oxalá dificilmente incorporam, sendo os responsáveis pela coordenação das demais falanges e da missão que cada guia-chefe assume perante a Umbanda.

Ervas: são o tapete-de-oxalá (boldo), mariô, folhas de limoeiro, manjericão, erva-cidreira, trevo e café.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ponto riscado

O ponto riscado é simbolo mágico que determina a característica , função e qual orixá ela atua , por onde as energias serão invocadas em um templo, formando um campo vibracional de diversas cores, podendo liberar chakras, ou mesmo ativando, tirando energias densas e pesadas na aurea dos médiuns e assistentes. Os pontos riscados tem diversas finalidades, podendo ser usado para firmeza de uma corrente, ou mesmo para impedir a entrada de energia negativa como miasma, larvas astrais , os maus espíritos, demanda e etc. Quando utilizamos os pontos riscados do guia chefe da casa, estamos invocando uma energia auxiliadora para dar segurança para corrente e auxiliando os passes magnéticos da entidade para o consulente.
Mensagem Psicografado pelo preto velho Pai Cristiano de Angola.

domingo, 12 de abril de 2009

O que são Pontos cantados?

Um dos fundamentos de vital importância para a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas).

Em tempos imemoriais, o homem materialista e ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio consciencioso, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência. Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações.

Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo socio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.

A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói – RJ, pelo espírito que se nominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico.

Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.

A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Pretos-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá (Cristo Jesus), precede todas as demais, razão pela qual as comanda. Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pela curimba deve ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.

Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual.

Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente) Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins. No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os ceita, desde que pautados na razão, bom senso, fé e amor de quem os compõe.

Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza. São composições "sem pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores Umbandistas.

Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser:

Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação;Pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá e outros mais, consoante à finalidade a que se destinam.

Vimos pelo acima exposto que as curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Exus e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.

O que ocorre no “lado de Lá” enquanto cantamos os pontos? Segundo o Espírito Angelo Inácio: Os cânticos, além de identificarem cada Espírito que se manifesta, servem igualmente como condensadores de energia, uma espécie de Mantra, que são palavras consagradas por seu alto potencial de captação energética. É a Força Mágica da Umbanda.

Observei o ambiente Espiritual da Tenda. À medida que o povo cantava em ritmo próprio, parecia que imensa quantidade de Energia Luminosa ia se formando por cima da Assistência, segundo o “Ponto” cantado.

De cores variadas, as energias iam se aglutinando na psicosfera ambiente e depois eram absorvidas pelas Auras de quantos ali estavam, além de agregarem em torno do Gongá. O fenômeno era maravilhoso de se ver. Em meio ao redemoinho de energias, Espíritos que se manifestavam na forma de Crianças canalizavam esses recursos para os Assistentes, que estremeciam ao receber o choque energético. Eram os fluidos que os atingiam e desestruturavam as criações mentais inferiores, os miasmas e os demais parasitas que se encontravam nas Auras dos participantes.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Significado dos Sonhos

Nós temos em nossa vida de seis a oito horas de sono por dia, isso multiplicado por trezentos e sessenta e cinco dias e depois vezes setenta anos, que é a média de vida de um ser humano, chegaremos a conclusão que se trata de muito tempo, mais ou menos 23 anos dormindo. É fácil de se fazer esta conta, um terço de nossa vida estamos dormindo, daí uma pessoa que tem trinta anos, dez anos de sua vida foi passado dormindo, o sono é uma forma biológica de se descansar o corpo e se refazer energias, este tempo todo não é desperdiçado só para descanso do corpo. Após o sono se iniciar, temos uma faze em que estamos meio acordados e meio dormindo, o nosso corpo já está em descanso, mas ele está revendo os acontecimentos que se passaram durante o dia, nesta faze o nosso celebro recebe do corpo e do espírito informações de fatos acontecidos naquele dia que marcaram, preocupações, coisas que deixamos sem resolver, são como se você estivesse vendo pequenos pedaços de filme, sem seguimento e sem continuidade, são lembranças, o corpo participa destas lembranças com a memória dos lugares, as visões, o espírito participa com as preocupações do dia a dia que foram de certa maneira mal resolvidas. Toda esta faze do sono acarreta pequenos sonhos em nossa memória, você falando ou andando, ou caindo, ou sendo assaltada, os medos nossos que ficam expostos, o nosso subconsciente vem a tona através do espírito, nossos maiores receios, são colocados em evidência pelo espírito, isto acaba ocasionando um sonho, nosso celebro é uma espécie de processador de um computador em forma biológica, ele repassa informações para que possamos dormir um sono mais profundo, para que neste sono mais profundo nosso corpo realmente descanse, neste estado mais profundo do sono o nosso espírito não tem necessidade de descansar seu corpo. O corpo de um espírito é formado pelo perispírito, que é pura energia, este perispírito fica preso ao corpo em descanso e o espírito sai, por isso que muitas vezes sonhamos que estamos ao nosso lado nos vendo, às vezes por cima e às vezes no pé da cama, nesta hora o nosso espírito esta se desligando de nosso corpo e deixando o perispírito ali, tudo que o espírito vê e ouve, os acontecimentos que se passaram dali por diante naquela noite serão transmitidos ao perispírito, que por sua vez deixará marcas brandas nos neurônios do celebro no corpo. A intensidade destas marcas no celebro formarão uma memória um conjunto de impressões, quanto mais impressões forem deixadas, mais detalhes serão lembrados. Nosso corpo é muito rústico, muito pesado, nosso espírito tem que querer tem que ter vontade que lembremos de suas experiências durante a noite, para isso ele usa energias espirituais, com sua força espiritual ele consegue se quiser e se for permitido pelos espíritos que lhe acompanham, nos dar uma nítida lembrança de tudo que houve em sua jornada, estas lembranças só são permitidas na integra quando se trata de ajudar, ou interferir em um acontecimento. O sonho portanto em seu estado mais profundo é a libertação do espírito para que ele se livre por algumas horas do peso de carregar nosso corpo, estar preso ao nosso corpo, nesta libertação nosso espírito tem possibilidade de participar de reuniões com outros espíritos, ser acalentado por outro espírito por algum problema que esteja passando em sua vida física, uma tragédia por exemplo, ele recebe conselhos espirituais, tem a vivencia espiritual igual a um espírito desencarnado, procura aprender mais, procura se informar de tudo que acontece a sua volta, visita pessoas que estão encarnadas, é por isto que as vezes acordamos com algum pressentimento. Uma mãe que ama seu filho ou filha tem o pressentimento desta maneira sobre alguma coisa de incomum que está acontecendo com seu filho que está às vezes muito distante, estes pressentimentos são impressões que foram deixadas durante a noite pelo espírito diretamente no celebro através de seu perispírito. Os jogos com números, as adivinhações de bichos em loterias, as previsões de acontecimentos futuros são pura coincidências que acontecem às vezes, uma pessoa sonha que está andando de bicicleta e joga no cavalo, isso não tem razão nenhuma de ser, não tem fundamento, Deus não permite de forma nenhuma que uma pessoa saiba do futuro, ou tenha revelação de seu futuro, porque ele ainda não aconteceu, ele ainda não existe, o nosso futuro tem milhões de possibilidades de acontecimentos e pode a todo instante ser mudado, nós plantamos o nosso futuro. No espiritismo não se acredita em adivinhações e previsões, tudo que acontece com o ser humano durante sua vida, já está de certa forma traçada, mas de uma maneira diferente, quando nos reencarnamos aqui na terra temos a chance de reparar um erro em que cometemos em outra existência, e também a chance de nos evoluirmos, estes erros ocasionam karmas espirituais, situações em que teremos de enfrentar aqui em nossa vida que já estão predestinadas, por exemplo, um pai que abandonou seus filhos, que os fez sofrer, ou batia constantemente, em uma nova reencarnação este pai vai sofrer os mesmos momentos que ele infligiu aos seus filhos, para que seu espírito compreenda que aquilo que ele fez foi errado e causou sofrimento a outras pessoas. Se em uma existência anterior uma pessoa foi pobre, sua vida foi coroada de amor ao próximo, seus atos revelaram um grande ser humano, ela desencarnou, logo em uma próxima existência possivelmente este mesmo espírito vai reencarnar, e de alguma maneira já predestinado a ganhar um prêmio de loteria ou nascer já em um berço de ouro, mas toda esta transformação não é um presente, mas sim um teste para se ver se este espírito vai se comportar da mesma maneira, com amor ao próximo, um teste infligido muitas vezes por Deus, porque é mais fácil passar pelo teste da cobiça, da avareza, e da falta de fé sendo pobre. Com uma pessoa que grandes posses a facilidade de se cair em tentações e de se fechar em seu próprio mundo, deixando as coisas de Deus de lado, é maior, é mais fácil o espírito decair porque tudo lhe vem a mão, sem o suor.